Vanessa Vilela de Araujo, 32 anos, resolveu unir o gosto pelos cosméticos e a alta produtividade de café em Três Pontas (MG). O resultado da inovação foi o reconhecimento pela Organização das Nações Unidas (ONU) como uma das dez melhores empreendedoras do mundo.
A empresária conquistou a indicação concorrendo com empresárias que participaram do Empretec e que foram indicadas por todas as unidades estaduais do Sebrae. O Empretec é um programa de motivação e formação destinado a promover o empreendedorismo. Está presente em 32 países e no Brasil é coordenado pelo Sebrae.
Segundo Araújo, o café é rico em substâncias anti-oxidantes, que combatem o envelhecimento. O café utilizado nos produtos é produzido pelo marido da empresária e tem certificação Utz Cerified.
Esse verdadeiro caso de sucesso foi tema de matéria do Portal Exame.
Confira também uma entrevista com a empresária Vanessa Vilela de Araújo no Estadão.
A Fazenda Califórnia, localizada no município de Jacarezinho, Paraná, é a primeira propriedade de café do Estado a conquistar a UTZ Certified, programa mundial de certificação que estabelece o padrão para a produção e o fornecimento de café.
A UTZ Certified determina critérios para a produção sustentável de café, respeitando questões ambientais e sociais. O código de contuda é baseado em convenções internacionais da Organização Internacional do Trabalho (OIT) e inclui os princípios das boas práticas agrícolas. Somente 100 propriedades detêm o selo no Brasil.
Pra ter o alto padrão de sustentabilidade e excelência socioambiental da Fazenda Califórnia, seu dirigente, Luiz Roberto Saldanha, há seis anos, recorre ao benchmarking, visitando propriedades-modelo e implantando soluções, além de participar de eventos técnicos de cafeicultura.
A fazenda também integra o Programa Cafés Especiais do Norte do Paraná, iniciativa do Sebrae /PR e outras entidades, que visa fomentar a produção e comercialização de cafés especiais na região, incentivando o participante em inovação tecnológica, capacitação, obtenção de certificações, acesso a conhecimento técnico e a novos mercados, consultorias, associativismo, entre outras.
Informações adicionais na Revista Cafeicultura.
Saiba mais sobre os Projetos do Sebrae.
O café gourmet é reconhecido no mercado de cafés especiais como indicador de qualidade superior, relacionado a características intrínsecas do grão verde como aroma, sabor, corpo, acidez e sabor residual.
A partir da implantação do Programa de Qualidade do Café (PQC) em 2004, a Associação Brasileira da Indústria do Café (ABIC) estabeleceu normas para classificação do produto e obtenção de Selo de Qualidade da instituição.
Dessa forma, classificou o café torrado em grão ou torrado e moído, em três níveis: Tradicionais, Superiores ou Gourmet.
Os Cafés Gourmet são constituídos de café 100% arábica de origem única, ou “blendados”, que atendam às características e à qualidade global da bebida.
Em relação ao aspecto, devem apresentar grãos de café arábico dos tipos 2 a 4 COB13, com ausência de grãos com defeitos pretos, verdes, e ardidos, preto verdes e fermentados.
A qualidade superior está também ligada à origem da cultura, quando se explora a diferenciação por meio dos atributos territoriais (solo, clima, altitude e temperatura).
A “denominação de origem” pode ser identificada informalmente, identificando-se a localizaçãoespecífica de uma determinada fazenda ou região, ou de modo formal, a partir de critérios estabelecidos na legislação, como no caso de Minas Gerais, que foi precursor ao estabelecer quatro regiões produtoras, por meio de um decreto.
É importante ressaltar que a lei em si foi importante, mas, na prática, é fundamental estabelecer um padrão específico e inerente a cada região, para que se possam adotar sistemas de controle e certificação para garantia de que o produto está em conformidade com os critérios mínimos exigidos.
Café orgânico
Para que um café possa adotar essa denominação deve ser produzido com base em princípios de não utilização de agrotóxicos.
Outro fator importante liga-se à adoção de sistemas de produção orgânica que possam oferecer um equilíbrio entre o solo e a planta, a partir do uso da matéria orgânica, resultando em plantas mais resistentes a pragas e doenças.
Essa cultura, deve seguir a filosofia mais ampla da agricultura orgânica e adotar princípios básicos e sistemas de certificação capazes de atestar e garantir as características inerentes, permitindo assim a busca de posicionamento e valores diferenciados no mercado.